Quando pesquisamos a palavra inclusão nos dicionários, o significado é enfático: ato ou efeito de incluir. Para entender melhor o que é inclusão, também vale lembrar do seu antônimo: exclusão. Estamos falando, portanto, sobre a adoção de meios e ações que combatam a exclusão na vida em sociedade. 

Na prática, incluir é pensar em todos, sem distinção de aspectos como gênero, raça, orientação sexual, religião ou a presença de alguma deficiência. Lina Silva Borges Santos e Ana Carolina Silva, respectivamente coordenadora de terapia ocupacional e terapeuta ocupacional da AACD, reforçam:

“Acreditamos [que a inclusão] seja o viver junto e em harmonia, respeitando as diferenças e sem colocá-las em voga ou exaltá-las. É não fazer uso do comportamento capacitista e/ou assistencialista. É olhar para o outro e enxergá-lo como capaz, igual e sujeito ativo, participante da sua vida e da sociedade.”

O que é inclusão na prática

Nesse sentido, a inclusão está dividida em diversas categorias, como a social, do trabalho, educacional, digital e estrutural. Isso significa que em todos esses aspectos devem ser levados em conta conceitos e ações que possibilitem oportunidades a todas as pessoas.

Então, quando pensamos em um estabelecimento inclusivo, por exemplo, é importante que ele seja adequado para o uso de todos. No caso, para que uma pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida possa acessá-lo, o local deve contar com equipamentos como rampas de acesso, barras de apoio etc. Mas não é só isso. “Geralmente, à primeira vista nos deparamos com a acessibilidade estrutural/física para designar o estabelecimento inclusivo, porém é mais do que isso, se faz necessário a acessibilidade atitudinal, em que a atitude de todos desse estabelecimento seja compatível com o processo de inclusão – respeito e empatia. Não basta que o ambiente tenha se estruturado fisicamente se a atitude dos que lá trabalham ou frequentam não são inclusivas”, atestam Lina e Ana Carolina.

E não é preciso ter um cargo político ou ser líder em uma empresa para colocar a inclusão em prática. Como cidadãos, todos temos nosso meio de agir. Quando perguntadas sobre quais práticas podemos adotar no dia a dia que estejam de acordo com a inclusão, as colaboradoras da AACD defendem: “Acreditamos que o primeiro passo seja entender as políticas públicas de inclusão como necessárias e não obrigatórias e, acima de tudo, respeitá-las”.

Elas continuam: “É olhar para o outro com empatia e cuidado, para qualquer pessoa ou local, sugerindo e fazendo parte das mudanças necessárias para que a inclusão aconteça. É criar nossos filhos e nossas famílias em ambientes favoráveis, inclusivos e não preconceituosos. Com certeza, tal fato vai prover um mundo mais acolhedor a todos”.

É lei!

As políticas públicas citadas pelas terapeutas que promovem a inclusão das pessoas com deficiência fazem parte da Lei Brasileira de Inclusão (LBI). Também chamada de Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/2015), ela define um conjunto de normas e direitos que garantem respeito e autonomia às pessoas com deficiência. Escrita em conformidade com a Convenção Internacional da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, a LBI está em vigor desde 2016.

Quero saber mais

Agora que você já sabe o que é inclusão, para ficar por dentro de tudo o que envolve esse tema, separamos alguns posts pra você:

Lei Brasileira de Inclusão – Tudo o que você precisa saber

Empregabilidade: conheça programas de diversidade e inclusão em grandes empresas

Os desafios e as potencialidades da educação infantil inclusiva

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