O mouse de cabeça que devolve a autonomia e promove maios acessibilidade e inclusão
Lais Souza, ex-ginasta e palestrante, encontrou uma nova maneira de interagir com o mundo através da tecnologia inovadora desenvolvida por uma startup brasileira. Após um acidente de esqui em 2014 que a deixou tetraplégica, Lais encontrou no Colibri, um mouse de cabeça vestível, uma ferramenta essencial para recuperar sua autonomia. O Colibri é um dispositivo sem fio que, preso a qualquer armação de óculos, permite o uso de celulares, tablets e computadores apenas com movimentos da cabeça.
Essa tecnologia tem feito uma diferença significativa na vida de muitas pessoas. Por exemplo, Marcelo Cunha, um pintor e membro da Associação de Pintores com a Boca e os Pés, relata que o Colibri permite que ele leia online, edite vídeos e fotos, atividades essenciais para divulgar seu trabalho. Douglas Reis, que buscava por uma tecnologia semelhante desde 1997, também se beneficia enormemente do Colibri, afirmando que o dispositivo lhe oferece uma liberdade inimaginável.
A demanda por soluções acessíveis e eficazes é clara, como evidenciado pelo fato de que mais de 1.000 pessoas em todo o Brasil já utilizaram o Colibri desde o seu lançamento em 2021. A startup mineira por trás do Colibri também oferece o dispositivo por assinatura, tornando-o financeiramente acessível e permitindo seu uso em casos de deficiências temporárias.
O Colibri não é apenas funcional, mas também esteticamente agradável. Ele é pequeno, leve, tem uma bateria recarregável e é fácil de usar, bastando pareá-lo via Bluetooth. Além disso, está disponível em várias cores para personalização, como demonstrado por Lais Souza durante as transmissões das Olimpíadas de Paris 2024.
A inspiração para a criação do Colibri veio de Mikael Monteiro, um garoto de 11 anos que nasceu com artrogripose e jogava no celular usando a boca. Os fundadores da Colibri Interfaces e Tecnologia desenvolveram um protótipo de mouse de cabeça em apenas 30 dias para Mikael, que se adaptou ao recurso imediatamente. Após 16 meses de testes e aprimoramentos, o Colibri foi lançado em outubro de 2021.
Essa história de inovação e impacto social é um exemplo perfeito de como a tecnologia pode ser utilizada para promover a inclusão e a autonomia de pessoas com deficiência. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 84% da população brasileira acima de dois anos têm algum tipo de deficiência, o que representa 173 milhões de pessoas. A nível mundial, 1 bilhão de adultos e crianças com deficiência não possuem qualquer tipo de assistência, segundo o Relatório Global sobre Tecnologia Assistiva publicado pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Esses números destacam a importância de iniciativas como a do Colibri. A startup mineira não apenas desenvolveu uma solução inovadora, mas também conseguiu torná-la acessível a um público amplo, oferecendo uma nova esperança para milhões de pessoas que buscam maior autonomia em suas vidas diárias. Esse impacto positivo vai além do aspecto funcional, pois a tecnologia também proporciona um senso de dignidade e independência para seus usuários.
A adoção de tecnologias assistivas é uma parte crucial das estratégias de ESG (ambiental, social e governança) para empresas de todos os setores. Investir em soluções que promovam a inclusão social não só melhora a vida das pessoas com deficiência, mas também fortalece a imagem e a responsabilidade social das empresas envolvidas. Além disso, a crescente demanda por tecnologias assistivas representa uma oportunidade de mercado significativa, que pode impulsionar a inovação e o crescimento econômico sustentável.
Em conclusão, o Colibri é um exemplo brilhante de como a tecnologia pode transformar vidas. Ele não só oferece uma solução prática para pessoas com deficiência motora, mas também destaca a importância de investir em inovações que promovam a inclusão e a autonomia. Para mais notícias sobre acessibilidade e inclusão, siga @guiaderodas no Instagram.
Para saber mais, visite o site da Colibri.
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