Você sabia que a acessibilidade é um fator decisivo para muita gente na hora de escolher um bar ou um restaurante?
Sair de casa para um simples passeio, quando se tem filhos pequenos, nem sempre é uma tarefa fácil: fralda, pomadinhas, lenços umedecidos, papinha, babador, fraldas extras, brinquedinhos para distrair o bebê, chupeta, chupeta extra, roupa extra caso suje a primeira, cadeirinha de carro, além do carrinho.
Aquele que vai abrir um bar ou um restaurante tem que pensar em muitas coisas antes da inauguração. Decoração, cardápio, funcionários e tantos outros detalhes. No corre-corre da reforma, é comum não dar muita atenção para a acessibilidade do local e os aprendizados com essa questão podem ter um gosto amargo depois da obra pronta.
Muitas pessoas acham que acessibilidade é colocar uma rampinha e já está tudo certo. Não é bem assim. E também não é um “bicho de sete cabeças”. Ter o acompanhamento de um arquiteto especializado nas normas vigentes pode ajudar a adequar o espaço para bem receber a todos.
Tem coisa mais desagradável do que impedir a entrada de um cliente por falta de estrutura para recebê-lo? Além de passar “carão”, o estabelecimento perde venda, e na maioria das vezes, perde venda em dobro, porque as pessoas com dificuldade de locomoção tendem a estar acompanhadas de amigos e familiares. Fora a propaganda negativa que gera, pois um cliente mal atendido, faz questão de contar sua experiência negativa para os demais, e muitos deles formalizam sua insatisfação denunciando o local. Um fato como esse, acarreta multas altíssimas e uma dor de cabeça desnecessária.
Quando o restaurante não é acessível é comum ouvir de alguns donos a razão: “Nunca nenhum cadeirante veio aqui. É tão pouca gente que não justifica a reforma.” Entretanto, quando o local se torna acessível, as pessoas com dificuldade de locomoção começam a aparecer.
O nível de acessibilidade é um fator determinante para a escolha de um estabelecimento por boa parte da população. É importante que o bar/restaurante tenha:
- rampas
- espaço de circulação interna
- mesa em uma altura confortável para cadeira de rodas
- banheiro acessível
- estacionamento adequado ou manobrista (quando aplicável)
Sair para jantar fora ou tomar uma cerveja, são situações de descontração e lazer. Em momentos como esses, as pessoas querem fazer uma pausa na rotina e se divertir com os amigos.
“Já aconteceu de eu estar em um grupo de quarenta pessoas e, logo na entrada do restaurante, por falta de acessibilidade, o grupo todo ter que dar meia volta e escolher um novo local. O restaurante que não tem acessibilidade perde dinheiro”
diz Bruno Mahfuz, fundador do aplicativo Guiaderodas. O app serve para consultar e avaliar a acessibilidade dos locais para pessoas com dificuldade de locomoção. Esses locais não são buscados apenas por cadeirantes. Pessoas idosas, com mobilidade reduzida e pessoas com crianças de colo que utilizam carrinho, também fazem uso dessas informações antes de traçar seus destinos.
Acessibilidade, além de ser cada vez mais fiscalizada, vem sendo pouco a pouco percebida como um diferencial estratégico por demonstrar a preocupação e zelo com seus clientes. Ambientes acessíveis são bons para todas as pessoas, despertam simpatia e fidelizam os clientes com restrição de mobilidade, seus amigos e seus familiares.
Em 2016, foi lançado oaplicativo Guiaderodas, uma ferramenta gratuita e colaborativa para consultar e avaliar a acessibilidade dos locais. Então, como cadeirante, a maior motivação do fundador do Guiaderodas para criar a plataforma foi poupar frustrações advindas da falta de informação sobre a acessibilidade.
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