De 21 a 23 de abril, o Vale do Silício recebe mais de 600 brasileiros para a sétima edição da Brazil at Silicon Valley (BSV), uma conferência que já virou referência quando o assunto é inovação com sotaque brasileiro.
O tema deste ano é “Embrace Resilience”, destacando a habilidade do empreendedor nacional de se adaptar, criar soluções na escassez e seguir firme mesmo quando o cenário não ajuda.
O evento está acontecendo no Google Event Center, em Sunnyvale, na Califórnia, e mistura tecnologia de ponta, sustentabilidade, inteligência artificial e, claro, muito networking. A ideia é aproximar o Brasil do ecossistema mais inovador do mundo e, ao mesmo tempo, mostrar que os brasileiros têm muito a ensinar — especialmente quando o assunto é resiliência.
Criado em 2019 por estudantes brasileiros de universidades de Stanford e Berkeley, o Brazil at Silicon Valley 2025 cresceu e hoje reúne nomes de peso da tecnologia, do mercado financeiro e do empreendedorismo. Só entra quem é convidado, e a curadoria é afiada: entre os palestrantes deste ano estão Divesh Makan, da Iconiq Capital (fundo que já investiu em empresas como Uber e Airbnb), e James Manyika, VP do Google, que aborda sobre os desafios éticos da inteligência artificial.
A IA, aliás, é um dos principais focos da programação. O evento traz exemplos reais de como a tecnologia está sendo usada em empresas brasileiras e o que isso pode significar para o futuro do trabalho.
Mas não é só de tecnologia que vive o BSV. A sustentabilidade também tem espaço garantido na agenda, com discussões sobre economia verde, biotecnologia e startups focadas em soluções para as mudanças climáticas.
Além das palestras, o grande valor do BSV está nas conexões que ele gera. A conferência já foi ponto de partida para iniciativas como o Instituto de Tecnologia e Liderança (Inteli), criado após encontros realizados no evento. E a edição de 2025 está trazendo ainda mais parcerias e investimentos, especialmente com o interesse renovado de fundos estrangeiros pelas startups brasileiras.
Com apoio de nomes como Jorge Paulo Lemann, Luciano Huck e Hugo Barra, e patrocínio de empresas como o Estadão, Pinheiro Neto, Google for Startups, SoftBank e Boticário, o Brazil at Silicon Valley quer ser mais do que um evento — quer ser um movimento que conecta, inspira e empurra os brasileiros para o mundo. E se depender do que já está acontecendo nesses três dias em Sunnyvale, o passaporte da inovação já está carimbado.