Damos o mapa da mina para você transitar de forma segura e proteger seus entes queridos
Um levantamento feito pela Human Rights Watch em março revelou que idosos e pessoas com deficiência estão entre os grupos mais vulneráveis à Covid-19, risco que aumenta exponencialmente quando se tratam de idosos com algum tipo de deficiência física:
“Isso acontece porque pessoas que necessitam de equipamentos de acessibilidade irão invariavelmente entrar em mais contato com superfícies, seja pelo toque ou pelo apoio, o que as torna mais propensas a adquirirem o vírus” explica o dr. Guilherme Horbilon, otorrinolaringologista e sócio na clínica Rinoderma.
Batemos um papo com o dr. Guilherme para entender como pessoas com dificuldade de locomoção – em especial as idosas – podem se manter protegidas. Confira nossas dicas!
1 – Higienização é fundamental
Ok, a gente sabe que todo mundo está falando sobre a importância de lavar as mãos. Vale reforçar, entretanto, que as pessoas com dificuldade de locomoção devem se lembrar também de higienizar suas bengalas, andadores e cadeiras de rodas: “a limpeza pode ser feita com álcool 70%, água sanitária ou até mesmo água e sabão” explica dr. Guilherme. Esse cuidado tem que ser redobrado caso a pessoa tenha transitado por espaços de grande circulação de pessoas, como ônibus, por exemplo.
2 – Cuidadores: atenção!
Idosos com deficiência tendem a precisar que cuidadores os auxiliem mais em atividades diárias, de maneira que acaba sendo mais difícil manter o isolamento. Por isso, é imprescindível que esses profissionais tomem cuidados redobrados, através do uso de equipamentos de proteção pessoal como luvas e máscaras: “Embora essencial, a máscara pode ocasionar alguns problemas de comunicação com pessoas que têm deficiência auditiva, na medida em que elas muitas vezes utilizam a leitura labial como parte essencial da comunicação com seus cuidadores. Por isso, recomenda-se o uso de máscaras com materiais transparentes para esses casos, que garantem proteção sem dificultar a comunicação. Afinal, em tempos de pandemia, a última coisa de que essas pessoas precisam é se sentirem ainda mais inseguras ao não entenderem o que os outros estão dizendo” diz o médico.
3 – Reduza, quando possível as idas ao hospital
É comum que idosos com deficiência façam visitas mais frequentes ao hospital, o que os torna mais expostos a microorganismos. Para evitar esse tipo de exposição, vale evitar ir a clínicas e hospitais nesse período: muitos médicos têm optado por consultas online, sempre que os sintomas permitem – algumas farmácias de medicamentos especiais, inclusive, já aceitam receitas médicas emitidas digitalmente.
No mais, as dicas são as mesmas que vêm sido divulgadas para toda a população: não troque apertos de mão ou abraços, evite tocar o próprio rosto e fuja de ambientes com qualquer tipo de aglomeração.
Quer saber mais? O Ministério da Saúde divulgou uma cartilha de cuidados específica para pessoas com deficiência, com versão em LIBRAS, que pode ser conferida aqui!
Dr. Guilherme Horbilon
Otorrinolariongologista e Fellowship em Plástica Facial
CRM – SP 171541 RQE: 77013
CRM-GO 19274 RQE: 13130
Renata Schmidt
Relações Públicas e jornalista. Acredita que todo mundo tem uma história que vale a pena ser contada.