O que é Transtorno do Espectro Autista?

O que é Transtorno do Espectro Autista

Apesar de não existir uma cura para o TEA, há tratamentos que podem melhorar a qualidade de vida das pessoas que convivem com essa condição

O Transtorno do Espectro Autista (TEA), popularmente conhecido como autismo, é uma condição que afeta o desenvolvimento neurológico e causa dificuldades na interação social, na comunicação e no comportamento, em diferentes níveis. Dados do Center for Disease Control and Prevention (CDC) apontam que o TEA atinge até 2% da população mundial e, no Brasil, estima-se que existam 2 milhões de pessoas com autismo.

Neste artigo, você vai entender melhor o que é TEA, quais são os tipos de autismo, como é feito o diagnóstico, quais os principais sintomas apresentados, quais os tratamentos disponíveis e se uma pessoa no espectro autista pode levar uma vida independente. Continue a leitura!

O que é Transtorno do Espectro Autista?

Segundo o Ministério da Saúde, o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento, caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social e padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades.

Apesar de o TEA ser o termo genérico que engloba o grupo de transtornos de neurodesenvolvimento complexos que constituem o autismo, existem quatro tipos de autismo:

  • Síndrome de Asperger: é a forma mais leve do espectro autista. Como as pessoas apresentam uma inteligência acima da média, esse tipo também é conhecido como autismo de alto funcionamento. A capacidade de realizar atividades diárias é preservada, mas é comum haver dificuldade na interação social. Caso não seja diagnosticado na infância, o adulto com Asperger terá mais chances de desenvolver depressão e ansiedade.
  • Transtorno invasivo do desenvolvimento: pode ser considerado uma fase intermediária, porque apresenta sintomas um pouco mais graves do que a Síndrome de Asperger, mas não tanto quanto o transtorno autista. De maneira geral, há comportamentos repetitivos, dificuldade na interação social e problemas para utilizar e entender a linguagem.
  • Transtorno autista: os sintomas são mais graves, e o diagnóstico é feito precocemente, antes dos 3 anos. Além de reforçar comportamentos repetitivos, esse tipo afeta de maneira mais intensa a capacidade comportamental, comunicativa e de interação social.
  • Transtorno desintegrativo da infância: também conhecido como síndrome de Heller, é o tipo mais grave do espectro autista e o menos comum. Até os 2 anos, a criança apresenta um desenvolvimento normal, mas depois dessa idade ela passa a regredir e perder habilidades sociais, linguísticas e intelectuais já adquiridas.

Como é feito o diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista?

O diagnóstico de TEA é clínico e acontece por meio da observação de sintomas na criança, de entrevistas com os responsáveis e da aplicação de metodologias específicas. Geralmente, o diagnóstico é estabelecido por volta dos 2, 3 anos de idade, e a prevalência é maior no sexo masculino.

Inicialmente, o Transtorno do Espectro Autista era considerado resultado de determinadas condições psicológicas alteradas ou de problemas na dinâmica familiar. No entanto, hoje em dia, admite-se que não existe uma única causa para o TEA, mas sim uma junção de fatores genéticos, biológicos e ambientais.  

Quais são os principais sintomas?

Geralmente, os sintomas do TEA aparecem nos primeiros 2 anos de vida, sendo que os mais comuns incluem:

  • sensibilidades sensoriais;
  • pouco ou nenhum contato visual;
  • deficiência mental;
  • movimentos estereotipados e repetitivos;
  • dificuldade com mudanças na rotina;
  • interesses restritos;
  • dificuldade na comunicação;
  • comprometimento da compreensão.

Os sintomas podem variar de acordo com o tipo de autismo, e dependendo do grau do transtorno, a pessoa consegue levar uma vida independente. No caso de autistas que apresentam níveis mais brandos e não são diagnosticados de forma adequada, por exemplo, eles costumam ser confundidos com indivíduos extremamente tímidos. 

Quais os tratamentos para o TEA?

Ainda não existe cura para o Transtorno do Espectro Autista, tampouco um padrão de tratamento que possa ser aplicado em todas as pessoas que apresentam essa condição. No entanto, é possível encontrar recursos terapêuticos praticados por equipes multidisciplinares, que são capazes de melhorar a qualidade de vida do paciente, reduzindo os sintomas e aperfeiçoando suas habilidades sociais e comunicativas. 

O acompanhamento deve ser específico e individualizado, com o objetivo de garantir a reabilitação global do autista. Com relação ao uso de medicamentos, ele só é indicado se surgirem complicações e comorbidades. 

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Carina Melazzi

Carina Melazzi
Jornalista e produtora de conteúdo. Gosta de contar histórias e é apaixonada por viagens, montanhas e mar.

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