O Transtorno do Espectro Autista (TEA) não tem cura, mas o tratamento pode aprimorar a comunicação e a concentração e reduzir os movimentos repetitivos, melhorando a qualidade de vida das pessoas que apresentam a condição. Para ajudar nesse processo, foi criada a loja Alma Azul, a primeira do Brasil especializada em brinquedos e equipamentos para crianças com TEA, déficit de atenção, hiperatividade e afins. 

Como funciona a loja Alma Azul?

A Alma Azul é um ambiente digital onde é possível navegar e encontrar diversos produtos, além de contatos de médicos, psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais de diferentes regiões do Brasil. A loja conta com dez categorias, que incluem brinquedos variados, roupas, acessórios e equipamentos para atividades motoras, sensoriais e visuais. 

A iniciativa de criar a loja partiu de Rafael Abreu Mendes, pai de Francisco, que recebeu o diagnóstico de autismo aos três anos. Para oferecer os estímulos necessários ao desenvolvimento do filho, ele precisou comprar brinquedos e equipamentos de fora do Brasil, porque as opções nacionais não atendiam às suas demandas. 

Porém, com os altos custos de importação, Rafael decidiu fabricar os próprios produtos e lançou a loja Alma Azul em 2012. Desde então, milhares de autistas, seus familiares e cuidadores têm acesso a materiais que antes eram difíceis de encontrar, sem contar com o preço mais caro, que muitas vezes inviabilizava a compra e comprometia o tratamento. 

Transtorno do Espectro Autista

Segundo o Ministério da Saúde, o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento, caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social e padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades.

Pela primeira vez, o censo demográfico realizado em 2022 vai quantificar as pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no Brasil. Estima-se que existam 2 milhões de pessoas com autismo no país, mas como esse número não é oficial, em 2019, foi sancionada  a Lei nº 13.861, que obriga o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a incluir questões sobre o TEA no censo populacional. 

Assim, será possível saber quantas pessoas apresentam o transtorno e como os diagnósticos estão distribuídos pelas regiões brasileiras. Esse novo panorama sobre o autismo na população brasileira pode contribuir com o aumento da visibilidade desse grupo e com a elaboração de políticas públicas eficientes.

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