Poucas coisas são unânimes nessa vida, exceto a prática consistente de exercícios físicos e cresce quando falamos do impacto positivo da prática de esportes para pessoas com deficiência
Poucas coisas são unânimes nessa vida, mas existe um denominador comum que une desde os adeptos da medicina oriental até o mais ferrenho dos médicos alopatas, passando por todos os blogueiros fitness que desfilam pelo seu feed do Instagram: a prática consistente de exercícios físicos, em especial de um ou mais esportes, faz muito bem para a saúde, trazendo benefícios como aumento da disposição, melhora na autoestima, redução de riscos de doenças cardíacas…enfim, a lista é longa – e cresce quando falamos do impacto positivo da prática de esportes para pessoas com deficiência: neste caso, podemos acrescentar fatores como a prevenção de enfermidades secundárias, desenvolvimento de habilidades motoras e funcionais, aumento da velocidade e do domínio de muletas, próteses e cadeiras de rodas, entre muitos outros!
Impossível ler tudo isso e não ficar motivado para começar, não é? Pensando nisso, criamos uma lista com 7 sugestões de esportes para pessoas com deficiência! Têm opções para todos os gostos e estilos!
1. Natação
Considerado um dos esportes mais completos que existe, a natação é também super democrática, podendo ser praticada por pessoas com diversos tipos de deficiência, como paraplegia, deficiência visual e paralisia cerebral – vale reforçar, entretanto, que pode ser necessário acompanhamento profissional para garantir que o esporte esteja sendo praticado de maneira adequada e segura!Como benefícios, a natação proporciona manutenção ou aumento da amplitude do movimento das articulações, fortalecimento dos músculos enfraquecidos, melhor funcionamento do sistema circulatório e incremento do equilíbrio, coordenação e postura.
Créditos da imagem: pennstatenews
2. Voleibol Sentado
Além de ótimo para a saúde, é divertido! O voleibol sentado conta com 6 atletas em cada time, em uma quadra um pouco menor do que a tradicional, com 10m x 6m. A rede fica a uma altura de 1,05m para mulheres e 1,15m para homens.
Diferentemente do voleibol tradicional, nessa modalidade os jogadores da linha de frente podem bloquear saques do time adversário. Além disso, é regra que a pélvis dos atletas deve ficar encostada no chão durante a partida. O voleibol sentado consta na lista de esportes dos Jogos Paralímpicos, e atualmente é praticado por mais de 50 países. Como benefícios, destacamos o desenvolvimento do potencial sensorial e motor, da força dos membros superiores e da velocidade, autonomia e espírito de equipe!
Créditos da imagem: USMC Wounded Warrior Regiment
3. Esgrima
No caso da esgrima, as cadeiras de rodas dos participantes são fixadas ao solo com intuito de fornecer estabilidade. Além disso, uma armação especial é instalada para garantir que os dois espadachins se coloquem a uma determinada distância e ângulo.
Os atletas usam, então, a parte superior do corpo para marcarem pontos atacando os adversários. Assim como na esgrima tradicional, as provas podem ser individuais ou por equipe, e as armas utilizadas variam entre o sabre, o florete ou a espada.
Créditos da imagem: swamibu
4. Halterofilismo Paralímpico
Quer ser halterofilista? Podem participar deste esporte homens e mulheres com amputações, acidente vascular cerebral, nanismo, lesões cerebrais, paralisia cerebral, entre outros. Como vantagem, ele traz melhora na coordenação e ganho de tônus muscular nos membros superiores, na medida em que é exigida muita força nos braços, antebraços, peito e abdômen. Nas provas, os competidores ficam deitados e precisam trazer uma barra de pesos ao peito, mantê-la estável, erguê-la estendendo totalmente os braços e colocá-la de volta na posição original. Vence quem fizer tudo isso carregando o maior peso.
Fun fact: muito embora esse esporte para pessoas com deficiência faça parte dos Jogos Paralímpicos desde 1964, a categoria feminina só foi incluída nos anos 2000!!
Créditos da imagem: usodesita
5. Ciclismo
A criação de bicicletas adaptadas torna essa modalidade acessível para pessoas com deficiência nos membros superiores ou inferiores! Além disso, algumas dessas bikes oferecem espaço para dois atletas, de maneira que ambos podem trabalhar em conjunto para conduzi-la por aí!
Nas competições os ciclistas são divididos em quatro categorias, cujos critérios se baseiam no tipo de bicicleta e na deficiência apresentada:
- Classe B: atletas com deficiência visual, que usam bicicleta em modelo tandem (que comporta duas pessoas) com um guia na frente;
- Classe H: ciclistas que usam handbikes – as bicicletas adaptadas para serem pedaladas com os membros superiores!
- Classe T: atletas que usam triciclos, que possuem deficiências que afetam o equilíbrio.
- Classe C: ciclistas que usam bicicletas comuns adaptadas – caso de pessoas que possuam amputações ou deficiências que afetem o tronco, os braços ou as pernas.
6. Tênis de Mesa
Taí um verdadeiro clássico do esporte inclusivo que chegou a estar presente na primeira edição dos Jogos Paralímpicos, lá em 1960.
As regras são basicamente as mesmas da versão tradicional do esporte, tendo como únicas diferenças o saque, que tem que ser feito pelo jogador de maneira a ultrapassar a linha de fundo da mesa sem deixá-la sair pelas laterais, e o fato de que a bolinha pode pular até duas vezes na mesa antes de ser arremessada de volta para o outro lado.
Para competir, os jogadores são divididos em 11 categorias, criadas com base em critérios como equilíbrio, restrições locomotoras, força muscular e habilidade para segurar a raquete – em alguns casos, ela pode ser presa à mão do atleta.
Créditos da imagem: kurafire
7. Judô
Pode ser praticado tanto na modalidade adaptada para cadeiras de rodas, em que são trabalhados os músculos dos membros superiores, quanto na modalidade paralímpica, da qual participam apenas deficientes visuais. Nesta última é seguido o mesmo regulamento da Federação Internacional de Judô com breves alterações, tais como a ausência de punição quando o judoca pisa fora do tatame.
No Judô Paralímpico a pegada inicial da luta é feita pelo juiz, e o atleta não pode mais mudar de posição, sendo o combate interrompido sempre que os atletas são separados.
Créditos da imagem: markoderksen
Para saber mais sobre esportes para pessoas com deficiência, bem como diversos outros temas relacionados a esse universo, confira o Instagram do Guiaderodas!
Renata Schmidt
Relações Públicas e jornalista. Acredita que todo mundo tem uma história que vale a pena ser contada.
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Excelent. Tank You.