Robô-guia para cegos é desenvolvido por startup brasileira

Robô-guia para cegos é desenvolvido por startup brasileira

A Vixsystem está trabalhando na Lysa, robô-guia para cegos que visa auxiliar na locomoção cotidiana dos usuários e evitar acidentes

Já não é mais novidade que a tecnologia está tornando o mundo mais inclusivo e vem sendo uma grande aliada na democratização de diversas atividades cotidianas. No Brasil, uma dessas inovações que estão sendo desenvolvidas e preparadas para o mercado é a Lysa, um robô-guia para cegos. O projeto é coordenado pela Vixsystem, startup do Espírito Santo.

A nova ferramenta se mostra de extrema importância no cenário atual. Afinal, de acordo com dados de 2020 da Organização Mundial da Saúde (OMS), há mais de 36 milhões de cegos no mundo e 216 milhões de pessoas que possuem algum nível de deficiência visual, seja ela moderada ou grave. No Brasil, de acordo com um estudo realizado em 2019 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há mais de 1,5 milhões de cegos, o equivalente a quase 1% da população nacional.

Esse público enfrenta diversos problemas em seu dia a dia, sobretudo quando o assunto é deslocamento. Decerto, os cães-guias, há muito tempo, se tornaram verdadeiros aliados das pessoas com deficiência visual. No entanto, a atuação ainda exige muito treinamento e a disponibilidade para atender a grande demanda é insuficiente. Portanto, uma nova ferramenta pode ser de grande valia neste momento.

Lysa: Um robô-guia para cegos

A Lysa foi desenvolvida com a missão de ajudar a pessoa com deficiência visual a se locomover e reduzir riscos de acidentes. A ideia é oferecer uma navegação segura ao usuário, visto que o robô-guia pode encontrar coordenadas, latitude e longitude de um local previamente selecionado, traçar uma trajetória e levar o pedestre (https://guiaderodas.com/mochila-para-cegos-intel-desenvolve-sistema-para-auxiliar-pedestres/) até o seu destino e, o mais importante, em segurança.

Autonomia é a palavra que define bem seu objetivo. Por isso, a equipe por trás do desenvolvimento da Lysa vem buscando novas ferramentas e recursos de acessibilidade – por meio do GPS, por exemplo – e estudando os verdadeiros percalços que pessoas cegas enfrentam.

Já visando a comunicação auditiva, é notado outro desafio: alertar os pedestres sobre os riscos e obstáculos que vão além do usual. Por isso, a equipe está colocando o projeto em prática em locais controlados, como uma sala ou a casa do próprio usuário. Desta forma, a empresa consegue compreender quais as melhorias necessárias para uma melhor experiência.

Este é um projeto que faz parte de um edital lançado pela FAPESP, em colaboração com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o Ministério das Comunicações (MCom) e o Comitê Gestor da Internet no Brasil. Novas iniciativas já são visadas a partir do programa de auxílio à pesquisa.

“O apoio ao projeto é fundamental para o aperfeiçoamento do robô Lysa, um equipamento inédito no mundo. O impacto dessa inovação contribuirá para a melhoria na mobilidade de pessoas com deficiência, que representam uma grande parcela da população”, explica Nedinalva de Araújo Sellin, diretora-executiva da Vixsystem.

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Felipe Lima

Jornalista formado pela Universidade Anhembi Morumbi (UAM) e redator web desde 2017, especializado em SEO pela Comschool. Profissional que acredita no poder das palavras e na transmissão de histórias.

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