Confira a importância da comemoração do sistema braille e como ele possibilita novos horizontes de conhecimento para pessoas com deficiência visual em todo o mundo
O sistema de escrita e leitura feito com pontos táteis em alto-relevo, representa muito mais do que letras do alfabeto, símbolos e números. Criado pelo francês Louis Braille, entre 1824 e 1825, o sistema Braille oferece inclusão na sociedade e novas oportunidades para pessoas com deficiência visual – como cegos, surdocegos e com baixa visão.
Para celebrar a sua chegada ao Brasil, em 1854, comemora-se todo dia 8 de abril, o Dia Nacional do Sistema Braille em homenagem ao aniversário de José Álvares de Azevedo, que foi o primeiro professor brasileiro com deficiência visual e fundador do Instituto Benjamin Constant (IBC).
A importância do sistema Braille na educação
Ao longo dos anos surgiram diversas instituições no país e no mundo, que ensinam milhares de pessoas com deficiência visual a fazer a leitura do sistema.
No Brasil, os livros didáticos da rede pública já são oferecidos de maneira acessível com impressão em braille e tinta, com o objetivo de incluir alunos com deficiência visual na educação e facilitar a leitura durante o ensino.
Segundo Alexandre Munck, superintendente executivo da Fundação Dorina Nowill para Cegos, é muito importante que se incentive o uso do sistema Braille para alfabetização.
“Os alunos devem ser estimulados a desenvolverem os aspectos cognitivos para esse aprendizado, pois é através dele que esses estudantes passam a ter acesso à educação e autonomia em suas atividades diárias”, explica Munck.
Além do alfabeto braille
Ao oferecer uma educação inclusiva de qualidade é possível refletir sobre os desafios e as oportunidades de conhecimento que são permitidos através do sistema Braille, como a independência para ler placas informativas, cardápios, rótulos, entre outros.
A Fundação Dorina Nowill para Cegos, pioneira na inclusão de pessoas com deficiência visual na sociedade, afirma que é fundamental celebrar a data e fomentar debates sobre o tema em tempos de pandemia.
Braille é universal
Para comemorar a data, a Fundação Dorina lançará neste ano o projeto “Saber Incluir”, para capacitação de professores da rede pública de São Paulo, por meio de uma série de palestras e conteúdos digitais gratuitos.
Além da ação, serão disponibilizados materiais livros em braille de maneira gratuita para facilitar o acesso à leitura inclusiva de pessoas com deficiência visual em todo o país.Ficou curioso para saber como fazer um texto em braille? Confira alguns tradutores online, como Atractor e o Braille Translator, e deixe o seu conteúdo ou local de trabalho ainda mais acessível!
Como as crianças aprendem Braille?
Cintia Alves de Sousa
Jornalista especialista em mídia e reportagem, que busca constantemente por novos desafios no segmento da Comunicação Acessível, para contribuir com ações que valorizem a diversidade e a inclusão na sociedade.