Quadras esportivas acessíveis nas escolas é lei no Mato Grosso

Quadras esportivas acessíveis nas escolas é lei no Mato Grosso

O novo decreto de quadras esportivas acessíveis visa criar um ambiente mais democrático no esporte e estimular futuros novos atletas

Você sabia que a acessibilidade no esporte é um direito por lei? De acordo com o decreto 5296/04, todos os espaços esportivos têm de garantir condições de acesso e uso para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. No entanto, este ainda é um desafio dentro das instituições de ensino. Por isso, o Mato Grosso anunciou uma nova lei de quadras esportivas acessíveis nas escolas.

De acordo com a nova lei estadual – sancionada em maio pelo governador Mauro Mendes e proposta pelo deputado Max Russi –, a ideia é assegurar que a sociedade, como um todo, tenha à disposição áreas e espaços adequados e que também garantam a inclusão no esporte. Foi notado que, por falta dessa estrutura inclusiva, pessoas com deficiência ficavam de fora da disciplina.

“Esse é um dos principais motivos de eu ter proposto essa Lei. Com frequência, estudantes com deficiência ficam de fora das aulas, pois não há disponibilidade de uma quadra de esportes em condições mínimas de segurança, funcionamento e acessibilidade”, afirmou Max Russi.

Além das quadras esportivas acessíveis

No ano passado, o Governo Federal criou a Secretaria Nacional do Paradesporto (https://www.gov.br/cidadania/pt-br/composicao/orgaos-especificos/esporte/paradesporto) , pertencente à Secretaria Especial do Esporte. Com foco na atenção e cuidado com todas as deficiências, a novidade veio para auxiliar na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos com práticas voltadas aos esportes e à educação. Além disso, foi anunciado um investimento anual de R$ 42,5 milhões em atletas paralímpicos, com o programa Bolsa Atleta.

“O esporte para as pessoas com deficiência é um catalisador, juntamente com saúde, educação e lazer, na transformação da vida das pessoas. Nosso desejo é ver todas as pessoas com deficiência praticando esporte. O esporte socializa, educa, inclui”, comenta Erinaldo Chagas, secretário nacional substituto do Paradesporto.

O novo programa para atletas paralímpicos contempla mais de 1,5 mil profissionais. A faixa principal da ação é focar naqueles com chances de medalha em Jogos Paralímpicos e prevê o repasse mensal de R$ 5 mil a R$ 15 mil. Edênia Garcia, tetracampeã mundial de natação, afirma que esta iniciativa ajuda o Brasil a criar uma vitrine para potenciais e competências.

“O esporte paralímpico é uma das maiores ferramentas de inclusão, seja da pessoa com deficiência ou não. No mundo inteiro é comum colocar a pessoa com deficiência na marginalidade, abaixo dos seres humanos ditos normais, sem deficiência. O esporte paralímpico enfatiza a eficiência, as nossas habilidades, as nossas competências. É uma vitrine. A partir dessa visão, você consegue enxergar nas pessoas com deficiência potencialidades e, com isso, começa a mudar um pouco o olhar da sociedade para a pessoa com deficiência”, complementa.

Bruno Souza, secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento do Ministério da Cidadania, declara que o Brasil pode ser considerado uma potência mundial e que os atletas são inspirações e honram o país.    “O Bolsa Atleta é um instrumento muito importante nesse processo e vamos seguir trabalhando para fortalecê-lo e aprimorá-lo”, se orgulha.O Mato Grosso ainda não conta com muitas competições específicas para pessoas com deficiência. No entanto, por meio da nova lei de quadras esportivas acessíveis em escolas, o estado visa aumentar o número de adeptos à prática (https://guiaderodas.com/projeto-ensina-bodyboarding-a-jovens-com-e-sem-deficiencia/)  e estimular novos profissionais a chegarem ao pódio.

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Felipe Lima

Jornalista formado pela Universidade Anhembi Morumbi (UAM) e redator web desde 2017, especializado em SEO pela Comschool. Profissional que acredita no poder das palavras e na transmissão de histórias.

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