Pesquisa acadêmica premiada avaliou se a cidade de Jaboticabal oferece acessibilidade para pessoas com dificuldade de locomoção
Por ser a Acessibilidade um assunto relativamente recente no Brasil, os cursos de Arquitetura ainda estão em processo de absorção dessa nova área de conhecimento e paulatinamente incluem o tema em suas grades curriculares. A Lei de Acessibilidade é do ano 2000. Dezessete anos é um tempo muito curto para implementar tudo que é necessário para a formação de arquitetos que tenham conhecimento do assunto. O material didático em português é escasso, por isso o desenvolvimento de pesquisas acadêmicas nessa área é tão relevante, pois colabora para formar a base teórica que poderá ser usada na formação das próximas gerações de profissionais.
UMA PESQUISA PREMIADA SOBRE ACESSIBILIDADE
Uma pesquisa acadêmica recente foi premiada como 3ª colocada entre todos os alunos de todos os campi da Universidade Paulista do país, no Encontro de Iniciação Científica de 2017. A aluna de Arquitetura e Urbanismo Maria Karoline Souza Garcia desenvolveu um trabalho explorando este tema, sob orientação da Profª Me Cristiane Bernardi (campus Araraquara-SP). O estudo de caso foi feito na cidade de Jaboticabal, interior do Estado de São Paulo, com o objetivo de identificar elementos que promovem acessibilidade e aqueles que representam barreiras arquitetônicas. Em área central e comercial que concentra grande fluxo de pedestres, traçou-se uma rota interligando importantes edifícios e espaços livres de uso público.
Apresentação dos principais pontos que envolvem a área
O percurso foi mapeado, documentado e analisado com base na norma técnica que define padrões arquitetônicos para acessibilidade. Nos três setores foram identificados problemas semelhantes, tais como piso irregular, calçadas estreitas ou com obstáculos e rampas fora do padrão sugerido pela norma, além da falta de piso tátil e sinalização sonora para deficientes visuais.
ACESSIBILIDADE NAS CIDADES BRASILEIRAS
Embora o Brasil ainda não tenha nenhuma cidade plenamente acessível, gradativamente são tomadas iniciativas na direção de promover maior acessibilidade nos espaços públicos e privados. Trabalhos como esse podem contribuir para ampliar a discussão, identificar o que pode ser melhorado e aproximar cada vez mais a teoria proposta pela legislação e a prática aplicada nas cidades. Karoline está dando sequência à pesquisa, desenvolvendo o Trabalho de Conclusão de Curso também sob orientação da Profª Me Cristiane Bernardi. Trata-se de um projeto multifuncional que envolve um edifício habitacional, comércio e lazer com foco na Acessibilidade. Com a inclusão do tema acessibilidade na formação de engenheiros, arquitetos e outros profissionais, novos espaços serão analisados sob esse prisma já no momento de sua concepção e projeto, contribuindo para a criação de um mundo mais acessível para todos.
Maria Karoline Garcia e sua orientadora Profª Cristiane Bernardi
Referência: ACESSIBILIDADE E MOBILIDADE URBANA EM ESPAÇOS PÚBLICOS: Análise de métodos para promoção de segurança e autonomia no passeio público: um estudo de caso na cidade de Jaboticabal-SP Autora: Maria Karoline Souza Garcia Orientadora: Profª Me Cristiane Kröhling Pinheiro Borges Bernardi 3º lugar no XIX Encontro de Iniciação Científica e IV Encontro de Iniciação Tecnológica 2017 – Ciências Exatas e Tecnologia
Uma resposta
Aqui é a , Elaine Cristina Nunes eu gostei muito do seu artigo seu conteúdo vem me ajudando bastante, muito obrigada.