A acessibilidade é um aspecto necessário para promover a mobilidade e auxiliar na autonomia de pessoas com deficiência, por isso, semáforos inteligentes são fundamentais para melhorar as condições de deslocamento para pessoas cegas ou com baixa visão. Destacamos três cidades no Brasil que utilizam o recurso, confira!

Campinas, São Paulo

O município de Campinas (SP), ganhou neste ano dez semáforos inteligentes para auxiliar na travessia de pessoas com deficiência visual. A tecnologia empregada utiliza um controle de acionamento individual (TAG). Os dispositivos estão espalhados pelos cruzamentos da Avenida Francisco Glicério, na região central do município.

Para a implementação do projeto foram investidos R$ 60 mil. Além da elaboração, a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) instalou placas eletrônicas e botoeiras na parte superior das colunas semafóricas para promover a comunicação com as TAGs.

Inicialmente, 50 pessoas previamente cadastradas, foram selecionadas pela secretaria municipal de Assistência Social para um período de adaptação. Ao acionar a TAG, a pessoa escutará a mensagem “travessia solicitada, aguarde” e assim que o semáforo estiver verde para o deslocamento de pedestres, outro sinal sonoro será disparado. 

Macapá, Amapá

Outra cidade é Macapá (AP). A prefeitura em resposta a Resolução 704, de 10 outubro de 2017, do Conselho Nacional de Trânsito (Contram), que estabelece padrões e critérios para sinalização semafórica com sinal sonoro destinado à travessia segura de pessoas com dificiência visual, está aos poucos implementando semáforos inteligentes.

Serão 12 exemplares gerenciados pela Companhia de Trânsito e Transporte de Macapá (CTMac). O dispositivo contém caixas com botões escritos em braile, que emitem sinal sonoro indicando a sua localização e orientando o momento da travessia.

Para a utilização é requerido que o botão seja pressionado por três segundos, caso o tempo seja menor, o modo sonoro não será ativado. A tecnologia emite a mensagem “travessia solicitada, aguarde” e após alguns segundos, o sinal sonoro se intensifica, indicando preferência para travessia do pedestre.

Recife, Pernambuco

Na capital pernambucana, Recife, 26 equipamentos estão disponíveis. O objetivo da Prefeitura é chegar ao final de 2021 com 80 exemplares.

“Estamos mapeando as áreas de maior interesse desses grupos para, então, ampliar os equipamentos gradualmente em toda a cidade”, destaca Taciana Ferreira, presidente da Autarquia de Trânsito e Transporte (CTTU). 

Os aparelhos estão concentrados em áreas com maior circulação de pessoas cegas ou com baixa visão, como nos arredores do Instituto de Cegos, localizado no bairro das Graças. Há unidades instaladas em frente à Prefeitura do Recife (PCR), no Cais do Apolo; em frente à Faculdade Estácio, na Abdias de Carvalho; no cruzamento entre a avenida Cruz Cabugá e a rua Frei Cassimiro; e no Cais da Alfândega, em frente ao Paço Alfândega. Os locais para implantação são escolhidos em parceria com representantes da categoria de pessoas cegas, segundo a prefeitura.

“Hoje, no Recife, pelo menos 22% da população têm alguma deficiência visual e o investimento desses equipamentos no trânsito traz autonomia para a gente atravessar ruas e avenidas com mais segurança”, destaca Paulo Fernandes, gerente da pessoa com deficiência da Secretaria Executiva de Direitos Humanos do Recife.

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