O método apresenta uma abordagem multidisciplinar e busca o desenvolvimento biopsicossocial dos praticantes
Os diversos tratamentos voltados para pessoas com deficiência contribuem com sua inclusão na sociedade e reabilitação psíquica e físico-motora. Os mais conhecidos incluem fisioterapia, psicologia, terapia ocupacional, pedagogia e fonoaudiologia, mas há outros métodos terapêuticos que também oferecem vários benefícios, como a equoterapia.
Neste artigo, você vai entender como funciona esse método de reabilitação, quem deve praticá-lo e quais as suas principais vantagens para pessoas com deficiência. Continue a leitura!
O que é equoterapia?
A equoterapia é um método terapêutico que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar, nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência.
A palavra equoterapia foi criada pela Ande-Brasil (Associação Nacional de Equoterapia), a fim de caracterizar todas as práticas que utilizam o cavalo com técnicas de equitação e atividades equestres, visando à reabilitação e à educação de pessoas com deficiência.
As sessões de equoterapia podem ser realizadas em grupo, mas o planejamento e o acompanhamento precisam ser individualizados. Além disso, o atendimento só deve ser iniciado após um parecer favorável de avaliação médica, psicológica e fisioterápica.
A prática da equoterapia é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito) e pela Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEDF).
Quais os benefícios da equoterapia?
A equoterapia oferece diversos benefícios, principalmente para pessoas com deficiência. Entre eles estão o aperfeiçoamento da coordenação motora e do equilíbrio, o fortalecimento da musculatura, a conscientização do próprio corpo, a memória, a independência, a percepção visual e auditiva e a melhora na respiração.
Durante as sessões, o aspecto social também é trabalhado, e os praticantes conseguem desenvolver novas formas de socialização, autoconfiança e autoestima, bem como estabelecer vínculos afetivos mais fortes.
Quem deve fazer equoterapia?
De acordo com a Ande-Brasil, como a equoterapia proporciona benefícios físicos, psíquicos, educacionais e sociais, ela é indicada para os seguintes quadros clínicos:
- doenças genéticas, neurológicas, ortopédicas, musculares e clínico metabólicas;
- sequelas de traumas e cirurgias;
- doenças mentais, distúrbios psicológicos e comportamentais;
- distúrbios de aprendizagem e linguagem.
Regulamentação da equoterapia
Em 2019, foi sancionada a Lei nº 13.830, que regulamenta a equoterapia como método de desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência. A legislação estabelece que a prática deve ser exercida por uma equipe multiprofissional, composta por médico, médico veterinário e profissionais como psicólogo, fisioterapeuta e de equitação.
Dependendo dos objetivos do programa de equoterapia, também podem fazer parte da equipe pedagogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e professores de educação física, desde que tenham curso específico na área. Além disso, deve haver um acompanhamento das atividades desenvolvidas pelo praticante, por meio de um registro periódico, sistemático e individualizado.
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Carina Melazzi
Jornalista e produtora de conteúdo. Gosta de contar histórias e é apaixonada por viagens, montanhas e mar.
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