As soluções inovadoras apresentadas no “Lance PcD 2022” vão auxiliar atletas de esportes paralímpicos
A cidade de Uberlândia, em Minas Gerais, vem se destacando cada vez mais no desenvolvimento de iniciativas voltadas para a inclusão de pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. Recentemente, o município foi palco do evento “Lance PcD 2022”, que apresentou 21 produtos e serviços de tecnologia assistiva, criados para melhorar o desempenho de paratletas brasileiros.
As tecnologias lançadas incluem modelos inovadores de cadeiras de rodas para alto rendimento, projetadas por metodologias inéditas de prescrição, equipamentos que vão fazer parte da primeira academia experimental para cadeirantes, além de outros aparelhos e acessórios especializados em esportes paralímpicos, nas modalidades de arremesso, atletismo, bocha e natação.
O evento foi uma iniciativa do Centro Brasileiro de Referência em Inovações Tecnológicas para Esportes Paralímpicos (Cintesp.Br), da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), e contou com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e da prefeitura de Uberlândia.
O conceito de tecnologia assistiva
Segundo a definição do Comitê de Ajudas Técnicas, tecnologia assistiva é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços. O seu objetivo é promover autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social às pessoas com deficiência e mobilidade reduzida.
Criado em 1988, o termo assistive technology, ou tecnologia assistiva, na tradução para o português, é um importante elemento jurídico da legislação norte-americana, conhecida como Public Law 100-407, que compõe, com outras leis, o American with Disabilities Act (ADA).
Categorias
Para facilitar a organização dessa área de conhecimento e a promoção de políticas públicas, ela foi classificada em 11 categorias diferentes:
- auxílios para a vida diária e prática;
- comunicação alternativa ou aumentada (CAA);
- recursos de acessibilidade ao computador;
- sistemas de controle do ambiente;
- projetos arquitetônicos para acessibilidade;
- órteses e próteses;
- adequação postural;
- auxílios de mobilidade;
- auxílios para cegos ou para pessoas com visão subnormal;
- auxílios para pessoas com surdez ou déficit auditivo;
- adaptações em veículos.
Para aprimorar e dar legitimidade ao desenvolvimento da tecnologia assistiva no Brasil, ela foi instituída como política pública no país somente em 16 de novembro de 2006, pela portaria nº 142 do Comitê de Ajudas Técnicas (CAT), estabelecido pelo Decreto nº 5296, no âmbito da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República.
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Carina Melazzi
Jornalista e produtora de conteúdo. Gosta de contar histórias e é apaixonada por viagens, montanhas e mar.