Investimentos em tecnologias devem dobrar nos próximos dez anos

Investimentos em tecnologias devem dobrar nos próximos dez anos

De acordo com relatório da ONU, os investimentos em tecnologias assistivas emergentes cresceram 17% entre 2013 e 2017

A implementação de inovações vem crescendo a cada ano, e a pandemia acelerou ainda mais esse processo. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), as pessoas com deficiência também serão beneficiadas, visto que muitas empresas têm a intenção de realizar investimentos em tecnologias, sobretudo relacionadas a limitações motoras, visuais, entre outras.

O assunto foi uma das tendências citadas no relatório da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), pertencente à ONU. Segundo o estudo, mais de 1 bilhão de pessoas precisam da chamada tecnologia assistiva. A expectativa é que esse número dobre nos próximos dez anos, à medida que o público envelhece.

“As pessoas com deficiência se apoiam há muito tempo nas novas tecnologias para ganhar independência e interagir melhor com seu entorno”, destacou Daren Tang, diretor-geral da OMPI.A análise constatou que apenas 10% das pessoas contam com acesso a produtos de apoio. Com a oferta retraída e a demanda em alta, foi notado um alavancamento de dois dígitos nas inovações em tecnologias assistivas nos últimos anos. De acordo com a OMPI, a convergência entre produtos eletrônicos e produtos de apoio incentivam uma comercialização ainda maior destas ferramentas.

Grandes investimentos em tecnologia

O relatório apresentou que mais de 130 mil patentes de tecnologia assistivas (tanto convencionais quanto emergentes) foram publicadas entre 1998 e 2020. Destes, 15.592 foram apresentados como assistentes robóticos, aplicativos domésticos inteligentes, inovações para deficientes visuais e óculos inteligentes.

A tecnologia assistiva emergente, no caso, apresentou um crescimento três vezes maior do que o da convencional, chegando a um índice médio anual de 17% durante 2013 e 2017. As ferramentas desenvolvidas para pessoas com limitações funcionais são cada vez mais aplicadas aos produtos convencionais. Um exemplo é a de condução óssea, que pode auxiliar deficientes auditivos.

O relatório apontou, ainda, que há dois segmentos que apresentam crescimento mais acelerado: meio ambiente (42%) e mobilidade (24%). As inovações envolvem auxílios à navegação em espaços públicos, robôs assistentes, cadeiras de rodas autônomas e próteses avançadas.

As universidades e organizações públicas de pesquisas são as mais ligadas ao conjunto de dados de tecnologia assistiva emergente, com 23% dos requerentes de patentes contra 11% do convencional. Além disso, elas são ativas no campo da mobilidade, respondendo por 34% dos requerentes de patentes.

Apesar disso, o setor privado lidera os investimentos de tecnologias assistivas, incluindo empresas especializadas. Dentre elas, estão:

  • WS Audiology
  • Cochlear
  • Sonova
  • Second Sight
  • Össur
  • Panasonic
  • Samsung
  • IBM
  • Google
  • Hitachi
  • Toyota
  • Honda

O relatório também identificou que China, Estados Unidos, Alemanha, Japão e República da Coreia são as cinco principais origens de inovação em tecnologia assistiva. Agora nos resta a questão: o que está por vir nos próximos anos?


Felipe Lima

Jornalista formado pela Universidade Anhembi Morumbi (UAM) e redator web desde 2017, especializado em SEO pela Comschool. Profissional que acredita no poder das palavras e na transmissão de histórias.

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