Ipatinga é a primeira cidade de Minas Gerais a oferecer parque inclusivo

parque ipatinga

O projeto do parque inclusivo conta com brinquedos adaptados que possibilitam a interação entre crianças com e sem deficiência

Para garantir o direito ao lazer de todas as crianças e promover a acessibilidade em praças públicas, a cidade de Ipatinga, em Minas Gerais, oferece desde outubro de 2021 o primeiro parque inclusivo do estado. O playground está localizado no Parque Ipanema, e a instalação dos equipamentos contou com a participação da iniciativa privada. 

Crianças com e sem deficiência podem interagir em seis brinquedos adaptados, incluindo gangorra, balanço, gira-gira, além de uma área interativa com três painéis, que contam com um pictograma para comunicação alternativa, um xilofone e um jogo da velha sensorial. 

Parque Ipatinga

Av. Roberto Burle Marx, s/n – Veneza, Ipatinga – MG, 35162-511

A iniciativa faz parte da expansão do projeto “Duda Nalini”, que surgiu em Ribeirão Preto e pela primeira vez ultrapassou as fronteiras do estado de São Paulo. A prefeitura de Ipatinga abraçou a proposta de promover inclusão e acessibilidade a todos e, em três meses, o playground adaptado foi entregue às crianças do município. 

Projeto Duda Nalini

O projeto “Duda Nalini” tem o objetivo de garantir o direito ao lazer de todas as crianças, por meio da mobilização de voluntários, apoiadores e do poder público. Idealizada por Selma Nalini, a iniciativa foi batizada em homenagem à sua filha, Maria Eduarda Nalini, que nasceu com síndrome de Dandy-Walker, uma malformação do cérebro. 

Por conta das limitações de Duda, Selma teve a ideia de instalar balanços, gira-giras e gangorras adaptados, para que sua filha e outras crianças com deficiência pudessem brincar nas praças e parques de Ribeirão Preto.

Com autorização da prefeitura e doações de empresários, ela revitalizou playgrounds em cinco áreas públicas: Parque Dr. Luis Carlos Raya, Parque Tom Jobim, Über Parque Sul Roberto Francói, Praça da Bicicleta e Praça Ali Youssef Abou Hamin.

Apesar de Selma ter entrado em contato com empresários da cidade e pedido doações, desde 2017 existe a Lei nº 13.443. Ela estabelece a obrigatoriedade da oferta, em espaços de uso público, de no mínimo 5% de brinquedos adaptados para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida.

Para conscientizar os alunos sobre a importância dos espaços públicos, Selma também visita escolas e leva palhaços às praças para orientar as crianças sobre como preservar os brinquedos. Além de instalar os equipamentos adaptados nos playgrounds de Ribeirão Preto, ela reformou bancos e lixeiras, construiu rampas de acesso, trocou a grama e refez a pavimentação, para facilitar a locomoção de cadeiras de rodas e carrinhos de bebês. 

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Carina Melazzi

Carina Melazzi
Jornalista e produtora de conteúdo. Gosta de contar histórias e é apaixonada por viagens, montanhas e mar.

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