As iniciativas permitem que os visitantes aproveitem as atrações com segurança e tranquilidade
Para garantir o direito ao lazer de todas as crianças e promover a inclusão, o Parque da Mônica, localizado em São Paulo, oferece atrações e serviços especializados para pessoas com deficiência. A implementação de acessibilidade favorece o processo de desenvolvimento motor, sensorial e cognitivo de meninos e meninas e cria oportunidades únicas para que todos possam socializar e aprender de forma lúdica e segura.
Ações de inclusão no Parque da Mônica
Com mais de 20 atrações educativas e interativas, o Parque da Mônica, além de contar com uma uma equipe capacitada para atender pessoas com deficiência e seus familiares, oferece as seguintes ações de inclusão:
Atendimento e acesso prioritário às atrações
Pessoas com deficiência e seus acompanhantes têm atendimento prioritário nas atrações e não precisam esperar nas filas para brincar. Ao chegar em cada atração, basta apresentar ao colaborador do parque o mapa de orientação de segurança recebido no serviço de atendimento ao visitante (SAV), que indica quais atrações são recomendadas para cada tipo de deficiência.
Cordão de girassol
Oferecido de forma gratuita, o acessório mostra que o visitante apresenta uma deficiência oculta, como é o caso do Transtorno do Espectro Autista (TEA), do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), da doença de Crohn, da colite ulcerosa e das fobias sociais.
Empréstimo de fones abafadores
Os fones abafadores são disponibilizados gratuitamente para autistas e pessoas com Transtorno do Processamento Sensorial (TPS). O acessório deve ser retirado no serviço de atendimento ao visitante (SAV) e devolvido no mesmo local após o uso.
Hora do silêncio
Diariamente, na primeira hora de funcionamento do parque, há uma redução dos estímulos sonoros e visuais, para que os visitantes autistas e com Transtorno do Processamento Sensorial (TPS) possam se ambientar e aproveitar melhor a visita.
Infraestrutura adaptada
O Parque da Mônica possui banheiros adaptados, assentos prioritários e rampas de acessos, para facilitar o deslocamento e melhorar a experiência de visitantes com deficiência e mobilidade reduzida.
Sala do silêncio
Como o parque apresenta uma série de estímulos sensoriais, a sala do silêncio funciona como um local acolhedor, que promove um ambiente de descanso com baixo estímulo, para pessoas com TEA, deficiência intelectual e Transtorno do Processamento Sensorial (TPS).
Serviço de Atendimento ao Visitante (SAV)
No SAV, é feita uma breve análise do visitante, levando em consideração aspectos físicos, condições motoras, uso de medicação, dentre outros. Em seguida, o visitante recebe o mapa de orientação de segurança, que indica todas as atrações recomendadas para o seu perfil.
O ingresso pode ser comprado na bilheteria ou no site do Parque da Mônica. Visitantes de 2 a 17 anos com deficiência têm gratuidade, e para aqueles com mais de 18 anos, o valor é de R$ 80, o mesmo válido para o acompanhante.
Acessibilidade em parques no Brasil
O primeiro parque infantil acessível foi inaugurado no Brasil em 2014, em uma unidade da Associação de Assistência à Criança com Deficiência (AACD), no Parque da Mooca, na cidade de São Paulo. A iniciativa saiu do papel graças ao Projeto Alpapato (Anna Laura Parques Para Todos), criado por Rudi Fischer, em homenagem à sua filha Anna Laura, que faleceu aos 4 anos.
Ao todo, o parque possui 15 brinquedos adaptados, que foram projetados para atender os requisitos das normas de segurança para playground – NBR 16071. Dessa forma, a associação da acessibilidade com o ato de brincar permite à criança com deficiência e mobilidade reduzida o direito de usufruir de espaços que são muito importantes para o seu processo de desenvolvimento sensorial, cognitivo, motor e social.
Até o momento, o Projeto Alpapato, que é financiado por Rudi com a ajuda de alguns colaboradores, já doou nove parques acessíveis para as cidades de São Paulo, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Além disso, há construções em andamento nos estados de Minas Gerais e Tocantins.
Conheça outros parques acessíveis no Brasil.
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Carina Melazzi
Jornalista e produtora de conteúdo. Gosta de contar histórias e é apaixonada por viagens, montanhas e mar.