Os materiais são distribuídos de forma gratuita nas escolas e bibliotecas de Ribeirão Preto, em São Paulo
O audiolivro é uma ferramenta essencial para pessoas cegas e com baixa visão, uma vez que esse formato de livro democratiza o acesso à cultura. Pensando nisso, a Adevirp (Associação dos Deficientes Visuais de Ribeirão Preto e Região) criou o projeto “Vozes que iluminam vidas e pontos que leem o mundo”.
O objetivo da iniciativa é expandir as possibilidades de aprendizado no âmbito do conhecimento cultural, garantir a inclusão dos participantes no ensino regular e no mercado de trabalho e diminuir as barreiras vividas por pessoas com deficiência visual de todas as faixas etárias.
O projeto conta com a parceria da Prosegur, empresa do setor de segurança privada e transporte de valores, por meio do PRONAS/PCD – Programa Nacional de Apoio à Atenção à Saúde da Pessoa com Deficiência.
O acesso à cultura é um direito de todos
O projeto começou em dezembro de 2020 e, desde então, mais de 56 obras paradidáticas e didáticas, que fazem parte do plano anual do ensino fundamental e médio, foram adaptadas para audiolivros. A equipe que realiza as adequações das publicações escritas é composta por diferentes profissionais, incluindo ledores, editores multimídia, audiodescritores, pedagogo, terapeuta ocupacional e coordenador técnico.
Para ampliar o acesso à cultura às crianças, jovens, adultos e idosos, os audiolivros são distribuídos de forma gratuita nas escolas municipais e estaduais de Ribeirão Preto, que tenham um ou mais alunos com deficiência visual ou baixa visão matriculados. O acervo inclui obras paradidáticas de autores renomados da literatura brasileira e mundial, como Pedro Bandeira, Clarice Lispector e George Orwell.
Além disso, alguns livros são emprestados por universidades parceiras e disponibilizados nas diretorias de ensino da região e na Biblioteca Sinhá Junqueira, que recebeu adaptações para pessoas cegas e com baixa visão e hoje conta com uma sala de acessibilidade.
A Adevirp também possui uma biblioteca aberta ao público com deficiência visual, com um acervo em braille de 821 exemplares, 1.365 audiolivros e 1.415 publicações escritas. As pessoas podem ouvir os livros no local ou então pegar emprestado com um pedagogo, que fica à disposição durante todo o horário de funcionamento da biblioteca.
Saiba mais sobre a Biblioteca Falada, aplicativo de geolocalização e acessibilidade para pessoas com deficiência visual.
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Carina Melazzi
Jornalista e produtora de conteúdo. Gosta de contar histórias e é apaixonada por viagens, montanhas e mar.