Gerar valor de negócio. Essa é uma das principais razões para que as empresas invistam em sustentabilidade, mas não só. Nos últimos anos, são muitas as iniciativas de companhias privadas que passaram a focar no tema, com a criação de projetos pautados por uma agenda inclusiva e social, com objetivos que vão muito além da eficiência e criação de valor, mas também inovação e saúde organizacional. 

Não é à toa que a sigla ESG (Environmental, Social and Corporate Governance), em português Ambiental, Social e de Governança, tem sido um dos termos mais buscados, desde 2018, no Google, de acordo com a plataforma de busca. 

A prática do ESG tem como base três pilares:

• quesito ambiental, o qual a empresa é avaliada pelo impacto que suas atividades causam no meio ambiente, bem como pelas decisões que toma para garantir a sustentabilidade ambiental;
• social em que a empresa é avaliada pela maneira como trata seus colaboradores, fornecedores e clientes;
• e por fim, a parte de governança corporativa referente a como a empresa trata seus acionistas, à transparência das auditorias e na forma como remunera seus executivos.

O mercado tem visto uma crescente corrente de investidores que passaram a atrelar metas de sustentabilidade, baseadas nos critérios ESG, aos novos negócios investidos. Porém, muitas empresas de capital aberto, que planejam abraçar o ESG, mostram total despreparo no assunto, sem ter ao menos uma estratégia de atuação  ou relatórios anuais de sustentabilidade.

Em entrevista recente para um evento de investidores no Brasil John Elkington, considerado o pai do conceito sustentabilidade, questionou a preparação das empresas para lidar com o tema sustentabilidade e destacou a questão que chamou de “maquiagem verde”, quando uma empresa tem atitudes de fachada para se dizer sustentável, sendo que na prática atua de forma danosa. 

Se por um lado, as companhias têm o desafio de intensificar processos para otimização de gastos, com práticas que visam reduzir a carga tributária e diminuição do pagamento de impostos – exemplos não faltam de empresas que deslocaram suas sedes para outros países europeus com a finalidade de isenção do pagamento de tributos corporativos -, do outro, muitas delas já perceberam que ter um plano sólido de atuação nas práticas sustentáveis tem se mostrado cada vez mais estratégico no meio corporativo e que uma agenda inclusiva e diversa traz impactos significativos para a sociedade e os negócios. 

Empresas que adotam diversidade são muito mais felizes e rentáveis

Um estudo feito pela consultoria McKinsey & Company sobre o estado da diversidade corporativa na América Latina, que entrevistou cerca de 700 empresas de capital aberto do Brasil, Chile, Peru, Argentina, Colômbia e Panamá, conclui que as empresas que adotam a diversidade a tendem a superar outras empresas em práticas-chave de negócios como inovação e colaboração e como reflexo tem colaboradores muito mais felizes e engajados. 

O levantamento avaliou as práticas relacionadas à diversidade, saúde organizacional e, por último, performance financeira. 

Como resultado, as empresas que têm estruturado esses três pilares geram uma conexão mais sólida entre os colaboradores, que passam a aumentar sua capacidade de entrega a longo prazo. Ainda nesse sentido, o estudo reforça que a prática sustentável é um poderoso capacitador de ações saudáveis e melhores resultados.

Embora o estudo aponte os benefícios estabelecidos nas práticas sustentáveis corporativas, a realidade é que os grupos minoritários continuam significativamente sub-representados. Ainda assim, o levantamento sugere alguns insights que podem ser adotados pelas empresas, como o fortalecimento da liderança e a responsabilização por meio do estabelecimento da liderança inclusiva como competência essencial; ou ainda, a promoção de um senso de pertencimento em relação ao trabalho, assegurando que as lideranças apoiem as diversas formas de diversidade; incentivando os talentos diversificados a contribuírem com seus pontos fortes únicos e “serem quem são” no local de trabalho. 

Certificação Guiaderodas

Dentre os aspectos que fortalecem políticas e relações de trabalho, baseadas nos valores de inclusão e diversidade, e contribuem para sustentabilidade, social e governança, estão as certificações.

A Certificação Guiaderodas é um programa que aprimora e reconhece as melhores práticas de acessibilidade e inclusão em empresas e empreendimentos. A metodologia original da Certificação foi desenvolvida em conjunto por uma equipe interdisciplinar, composta por arquitetos especialistas, pesquisadores e pessoas com deficiência. Ela se baseia na premissa de que acessibilidade deve ser vista como um exercício contínuo e no conceito de que “ambientes acessíveis” são compostos pela estrutura física e pelas pessoas.

Dessa forma, a certificação faz uma análise técnica realizada por especialistas em acessibilidade, que irão avaliar se o ambiente está em conformidade com à legislação vigente e às normas técnicas elaboradas pelos órgãos de regulação. A avaliação leva em consideração a experiência prática de pessoas com deficiência, a percepção dos usuários habituais do espaço, além de aspectos de tratamento interpessoal. 

Empresas que investem em certificações sustentáveis conseguem aumentar seu valor de mercado, bem como lucro e reputação, além de reduzir custos. Blog Guia de Rodas: Certificação Guiaderodas, Empreendedorismo, Atitude

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